Anfíbios do
Quadrilátero

Quadrilátero Ferrífero – Uma das regiões mais ricas e importantes para a conservação de anfíbios no Brasil

O Brasil é o país com a maior riqueza de espécies de anfíbios do mundo, onde são conhecidas mais de mil espécies. O Quadrilátero Ferrífero, localizado na região centro sul de Minas Gerais, com uma área equivalente a menos de 0,01% do território nacional, abriga cerca de 10% das espécies do país e quase metade da riqueza do estado.

Circunstancialmente, tamanha riqueza biológica coincide com uma das maiores jazidas de minérios do país e com a terceira mais populosa região metropolitana do Brasil, incluindo a capital mineira. Dadas as pressões e a riqueza de espécies superlativa, o Quadrilátero é considerado uma área de prioridade máxima para a conservação da herpetofauna no Brasil.

Apesar dessa importância, uma considerável parcela de suas espécies permanece pouco conhecida quanto à taxonomia, distribuição geográfica, status de conservação e biologia, dificultando a elaboração e implantação de estratégias de conservação eficientes que permitam ir ao encontro de um modelo de desenvolvimento responsável.

O Quadrilátero Ferrífero e suas principais serras

A importância da identificação correta das espécies para o licenciamento e monitoramento ambientais

Nos últimos anos, visto a crescente importância dada à questão ambiental e à melhoria da qualidade técnica dos órgãos licenciadores, o registro de algumas espécies de anfíbios tem sido responsável por atrasos na concessão de licenças ambientais de obras em diferentes estados brasileiros, incluindo a região do Quadrilátero.

A ocorrência de espécies ameaçadas, novas, endêmicas ou de status taxonômico incerto está invariavelmente associada à necessidade de implantação de onerosos e duradouros programas de monitoramento, mitigação e compensação ambiental. Assim, uma identificação taxonômica correta das espécies é fundamental para evitar tais contratempos, já que, muitas vezes, a importância de uma espécie ou população pode ser superestimada em função do pouco conhecimento acerca da sua taxonomia e distribuição geográfica. Por outro lado, também permite que esforços e recursos sejam direcionados prioritariamente para aquelas espécies que realmente necessitam de ações de conservação e, muitas vezes, têm sua importância subestimada devido à insuficiência de dados. Porém, o conhecimento e acesso a essas informações encontram-se restritos aos especialistas da academia e não estão acessíveis à maioria dos profissionais, biólogos, técnicos e analistas ambientais que atuam no licenciamento e monitoramento.

O objetivo deste projeto, realizado pelo Sagarana Lab, da UFV, campus Florestal, em parceria com o Laboratório de Herpetologia, da UFMG, é tornar tais informações acessíveis, aumentando a difusão do conhecimento científico e a melhoria da qualidade dos estudos ambientais.

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